terça-feira, 6 de novembro de 2007

Comentários 5-4

A criação do Homem ou Adão


Agora Deus coroa a sua criação, trazendo à existência o homem. Homem ou Adão, "Adam" em hebraico, não são nomes que designam somente o varão; porém são genéricos, referem-se a raça humana, como em Gên.1:27 e Gên. 5:1-2. "... ,e lhes chamou pelo nome de Adão,..." Gên. 5:2

Veja que em Gênesis 1:27 diz:

"Criou Deus, pois, o homem a sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou." Versão Almeida Revista e Atualizada. VARA

Aquí a palavra homem é usada em dois sentidos diferentes.

Já na versão Almeida Revista e Corrigida, fica bem mais claro:

" E criou Deus o homem à sua imagem; à imagem de Deus o criou; macho e fêmea os criou" ARC

Diz: "macho e fêmea os criou", com a finalidade de se reproduzirem, "E Deus os abençoou e lhes disse: Sede fecundos, multiplicai-vos, enchei a terra..." (Verso 28)

A sexualidade faz parte da criação e está entre todas as coisas "muito boas" que deus criou. (Verso 31)

Nota:
É bom salientar que aquela idéia, de que o pecado de Adão e Eva teria sido o uso da sexualidade, não cabe no contexto das Escrituras sagradas.

Nos comentários da Unidade VI, voltaremos a nos referir a estas palavras e tiraremos outras conclusões importantes a este respeito.

Professor novocbic

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Comentários 5-3

A Trindade na criação


Já chamamos a atenção para o plural, "façamos...", e concluímos, que deve ser uma alusão a Trindade, o Deus trino em ação. (Veja Unidade IV)

Relembramos:
Nestas referências Deus fala de si mesmo no plural. (Gên. 2:26; 3:22 e 11:7)

Há quem interprete o plural, como sendo um diálogo de Deus e os anjos, porém falando da majestade do Senhor, o profeta Isaías diz: "Com quem tomou Ele conselho?..." , Isaías 40:14, mostrando a impossibilidade da criatura de Deus, aconselhar o Criador.

Nos textos do livro do Gênesis, encontramos uma forte evidência, "uma alusão a um sublime concílio entre as pessoas da divindade."

The pulpit commentary. Vol.1, The book of Gênesis. Pág. 29

Também,salientamos o primeiro nome em hebraico dado a Deus no Gênesis, "Elohim", plural que poderia ter o mesmo sentido.

Veja: Unidade IV e os seus comentários.

Notas: 1. Conhecendo Deus pelo nome:

A palavra hebraica traduzida para nome, significa originalmente "prova" ou "sinal", de modo que é um sinal, prova ou descrição da pessoa que o usava.
Tendo em conta que um dos pontos essenciais para conhecer e familiarizar-se com uma pessoa é aprender o seu nome; o nome profético na Bíblia representa "a pessoa que o carrega', não é uma mera etiqueta.
De modo que o nome (ou nomes) que uma pessoa recebe na profecia bíblica, é na verdade um adjetivo, que diz alguma coisa da pessoa, ou `"do que é", "do que faz" ou revelação do seu caráter.

Na Bíblia original hebraica, Deus recebe vários nomes.

No texto em estudo no original hebraico, Deus é: "Elohim"
Onde "El" - é Deus em hebraico e a partícula "im", usa-se para determinar um plural.


Como Ele é o Deus único, entendemos que "Ele é os deuses", em outras palavras Ele reúne em si mesmo todos os poderes dos "deuses" das mitologias antigas, criados pela imaginação do homem.

Desta forma a Escritura, nega a existência dos deuses, que é a base da idolatria, combatida em todo o contexto bíblico, do Gênesis ao Apocalipse e em especial nos dois primeiros mandamentos da Lei de Deus. (Êxodo 20:3 a 5)

O Deus criador, é "Elohim", em mais de 2500 citações do Velho Testamento (VT). E é traduzido normalmente, na maior parte das versões para "Deus" (com a primeira letra em maiúscula) ou para "O todo poderoso".

2. A Trindade no Velho Testamento

A pluralidade do Deus único: As evidências no Antigo Testamento sobre a doutrina não são tão claras, quanto às do Novo Testamento.

Como o aluno deve lembrar, na unidade anterior, consideramos o texto de Gênesis 1:1, no qual o nome hebraico para "Deus" é "ELOHIM"; nome este que, com já dissemos, ocorre mais de 2500 vezes no Antigo Testamento, sendo a forma plural de "EL", que é o nome comum para Deus nas línguas semíticas, como a Hebraica.

Este plural, comentávamos, parece ser usado no combate a idolatria, Ele é "os deuses"; porém, para alguns também seria uma alusão à Trindade, mesmo que para muitos, isto não prova nada.

Bibliografias de referência : Enciclopédia de la Bíblia - Ediciones Garriga, S.A. - 1963 - Barcelona - España. (em espanhol) e comentários da Biblia de Jerusalém.
Professor novocbic

Comentários 5-2

O primeiro relato da criação da raça humana


A finalidade desta unidade é o estudo do primeiro relato da criação da raça humana. (Gênesis 1:26-27)
O texto proposto, assim como todo o livro, foi escrito num estilo sem igual na literatura secular, apresenta em forma admirável, um concentrado de conceitos e doutrinas bíblicas em pouquíssimas palavras.

Com a expressão, "Façamos o homem", sem dúvida alguma, o criacionismo, contradiz a Teoria evolucionista adotada quase com exclusividade no ambiente das ciências e que inevitavelmente tem influenciado o cristianismo.

De fato não encontramos no contexto do relato, nenhum passo intermediário, para o surgimento da raça humana. Ponto de vista que veremos com muitos mais detalhes na Unidade VI desta série.

Professor novocbic

Comentários 5-1

O homem é um ser dependente

Em Gênesis capítulo 1 e 2, o poder de Deus Criador sobre o mundo e a vida é sem limites.
A Palavra de Deus é o meio de sua graça; onde nada havia, por virtude de sua graça surgem o Céus e a terra como marco da vida do homem, quando o homem chega encontra tudo pronto. Pelo amor e graça de Deus, o homem não foi criado para passar necessidades; Deus o criador o cria e o sustenta. (Atos17:24-28)

Sem dúvidas a narrativa do Gênesis mostra a dependência do homem de todo o que foi criado, foi criado só no sexto dia. Assim lembra a solidariedade entre o homem e a natureza, porém, mais do que isto, deixa bem claro que o homem não está sujeito à natureza e sim ao Deus vivo e pessoal.
Todos os elementos estão submetidos a Deus e faz uma distinção bem nítida entre Deus e a natureza. Deus é o Senhor da criação e da vida.
A luz, os céus, a terra, as plantas e os animais foram criados tendo como base a criação do homem e para o homem.

Concluímos, o homem é um ser totalmente dependente.

Professor novocbic

Comentários 4-19

O Espírito Santo é uma pessoa

Este texto do livro dos Atos, e seu contexto também dão testemunho da personalidade divina do Espírito Santo.

A história conta que o casal, Ananías e Safira, secretamente retrocedeu em seus votos sagrados que haviam feito a Deus. Quando depositaram sua oferta aos pés de Pedro e disseram que era tudo o que haviam votado, e na verdade era apenas uma parte, foram feridos de morte.

Pedro deu uma explicação para o fim deles ao dizer que haviam mentido ao Espírito Santo.
Só se pode mentir para uma pessoa. Ele conhece o nosso íntimo. I cor. 3:16.

Agora veja; em seguida faz a significativa revelação: “Não mentiste aos homens, mas a Deus” Atos 5:3-4. Isto implica que o Espírito Santo é Deus.
Professor novocbic

Comentários 4-18

O Espírito Santo é uma pessoa

Nos comentários anteriores , já tivemos a oportunidade de ver textos bíblicos nos quais o Espírito Santo aparece fazendo parte da tríade. De modo que o Espírito Santo é mencionado com o mesmo status do Pai e do Filho, os três que constituem a divindade. Eis o mistério.

O contexto desta passagem de Paulo, sugere que, se alguém quer conhecer as coisas do homem”, deve obtê-las de outro ser humano. Agora, o que é verdade no nível humano, é ainda mais verdadeiro no plano divino: Assim, também as coisas de Deus ninguém as conhece, senão o Espírito de Deus. (verso 11).

Apenas o ser divino pode verdadeiramente conhecer o que está na mente de outro ser divino.

Se alguém deseja realmente conhecer as coisas de Deus, deve, "ligar-se" ao Espírito Santo, que é o único que pode revelar as “coisas” de Deus.
O mesmo Espírito , o Espírito Santo, que inspirou os profetas (I Pedro 1:21), ilumina a nossa mente, para que possamos entender.

Professor novocbic

Comentários 4-17

A Trindade na Criação III


O Espírito Santo é Deus Criador

As evidências bíblicas, mostram as três pessoas da Trindade (Pai, Filho e Espírito Santo), trabalhando juntas na criação do Universo, embora mantenham individualidades distintas, cada membro da divindade cumpriu sua parte em perfeita harmonia.

O Espírito de Deus, sempre aparece executando a obra divina. Transparece esta idéia: O Pai planeja, o Filho é o intermediário e o Espírito Santo executa, conservado-se a unidade.

Como já podemos ver o Espírito Santo é Eterno com o Pai e com o Filho, participando ativamente da Criação (Gênesis 1:2).
Na afirmação do patriarca Jó, aparece mais claramente: "O Espírito de Deus me fez..." (Jó 33:4), e também no Salmo: "envias o teu Espírito, e eles são criados..." (Salmo 104:29)

Uma boa evidência temos na visão do "vale dos ossos secos" ao profeta Ezequiel.

O Espírito de Deus leva o profeta a um "vale cheio de ossos secos"; então é instruído à profetizar para "os ossos secos" . Ele profetiza: "os ossos secos são ajuntados, revestidos de tendões, carne e pele, e Vivem!"

A mensagem clara na visão é mostrar ao profeta que, espiritualmente Israel estava morto e necessitava viver ( Ezequiel 37:1-12). O agente criador é o Espírito Santo, como fica mais claro ainda no capítulo trinta e seis, na promessa do "Coração Novo" (Ezequiel 36:25-27).

Assim como na criação (Gênesis 1:2), o Espírito de Deus participa junto com as outras pessoas da Trindade, na encarnação (Lucas 1:35) e no plano todo da redenção da humanidade, de modo que a salvação é outra criação (Lucas 4:18; I Pedro 1:2 e muitos outros).

A medida que avançar no estudo, do Curso Bíblico Ideal Cristão, o aluno verá com mais profundidade a obra extensa do Espírito Santo de Deus.

Professor novocbic

Comentários 4-16

A Trindade na Criação II

Podemos dizer que o evangelho do Apóstolo João é diferente dos outros três.
- Mateus e Lucas iniciam com a cronologia humana de Jesus; Marcos destaca Seu ministério humano.
- E em João, é apresentado o próprio Deus que se tornou carne e habitou entre os homens.

Não há dúvidas que a finalidade deste evangelho, é mostrar que Jesus Cristo é Deus.
- Ele estava com o Pai (João 1: 2 e 3).
- E está com o Pai e o Espírito Santo na redenção e restauração da raça humana. (como exemplo veja João 14:26 e I Pedro 1:2)
- E junto ao Pai intercede, lá no Céu, por todos nós pecadores. I João 2:1 e 2

O Apóstolo quer que fique claro para os cristão de todas as épocas, a verdade fundamental: Jesus Cristo é "o Deus unigênito" (João 1:18 - VARA), que se fez humano, "se fez carne" (João 1:14), para que "...todo o que nEle crê não pereça, mas tenha a vida eterna." (João 3:16)

Os principais predicados associados a Jesus são:

Ele é Deus: "era", no grego dá a idéia de continuidade; Ele sempre foi Deus. (João 1:1),
é "o eterno Filho único de Deus".

Ele é Criador:: " Todas as cousas foram feitas por intermédio dEle, e sem Ele nada do que foi feito se fez." João 1:3

Ele é "o unigênito de Deus" (João 1:14): e é "o Deus unigênito" (João 1:18 - VARA).
No original grego "Theos" é Deus (João 1:1). E "monogenés" é "o unigênito de Deus", ou melhor traduzido: "o Deus Filho único" (João 1:18).

Por ser o eterno Filho único de Deus, "Ele viu o Pai" e "pode revelar o Pai" (João 1:18).
É assim que Ele pode dizer: "Eu e o Pai somos um" João 10:30; "Quem vê a Mim vê o Pai" (João 14:9) ou "Eu estou no Pai e o Pai está em mim" João 14:14.

Veja que quadro impressionante:

João 1:1-3

Ele é divino
"era", é eterno
"estava... com Deus"
"era Deus"

João 1:14

É divino-humano
"se fez": a si mesmo se fez...
"se fez carne": humano.
"entre nós": aqui na terra.
Professor novocbic




Comentários 4-15

A Trindade na Criação I

O Pai é Deus, Criador e Mantenedor.

Deus, o Eterno Pai, é o Criador, Originador, o Mantenedor e Soberano de toda a criação. Todos os textos falam de Deus o Pai. "O céus pela sua Palavra se fizeram", afirma o salmista, "e pelo sopro de Sua boca o exército deles" (Salmo 33:6). "Ele falou, e tudo se fez; Ele ordenou, e tudo passou a existir" (Salmo 33:9)


"Pela fé entendemos que foi o Universo formado pela Palavra de Deus, de maneira que o visível veio a existir das cousas que não aparecem" (Hebreus 11:3) VARA

Professor novocbic

Comentários 4-14

A Trindade: conclusões


Alegar que o Pai, o Filho e o Espírito Santo são três aspectos diferentes de um único Ser Divino Se manifestar, é confundir o conceito bíblico a respeito.

Se assim fosse, a quem Jesus Cristo estaria Se dirigindo ao orar ao Pai? Por que então deveriam ser mencionadas separadamente as três pessoas da Trindade tanto na fórmula do batismo ou na bêncão apostólica. Mat. 28:19 e II Cor. 13:13

Outras claras evidências temos no fato de o Pai ter enviado o Filho. João 14:24 e 20:21, e o Pai e o Filho enviarem o Espírito Santo. João 14:16 e 26 e 16:7 .

Ao prometer o Espírito Santo, Jesus disse: "Convém-vos que Eu vá, porque se Eu não for, o Consolador não virá para vós outros; se, porém,Eu for, Eu vo-lo enviarei" João 16:7

A palavra traduzida do grego, como "Consolador" é Paracleto, que em João 14:26 é identificado como o Espírito Santo.

Veja esta declaração: De acordo com James Robertson:

"do ensino de Jesus, não resta a menor dúvida que o outro Paracleto é uma pessoa. A cada passo, Jesus fala desta maneira: ' Ele vos ensinará todas as coisas'; 'Ele Me glorificará'. Personalidade está implicada no título 'Paracleto', o qual, em algumas versões, é traduzido impropriamente 'Confortador'."

A palavra 'Paracleto', do grego, significa 'um que é chamado para ficar ao lado, especialmente em ocasiões de dificuldades e conflito'. É, portanto, a palavra que designa um advogado, e é assim usada a respeito de Jesus, em I João 2:1, onde lemos: ' Nós temos um Paracleto (advogado)com o Pai, Jesus Cristo, o justo.' "


James Robertson. Ensinos de Jesus. SP. União Cultural Editora Ltda. 1952. Pág. 146 e 147

Professor novocbic

Comentários 4-13

A Trindade e o apóstolo Paulo

Na bênção apostólica aparece novamente a Trindade e o apóstolo Pedro também inicia a sua primeira carta com uma clara referência à Trindade.

Vemos também Pedro, em I Pedro 1:2 e Judas, em Judas 20 e 21, onde é mencionada.

No correr do estudo serão lembradas especificamente estas e outras referências.

Professor novocbic

Comentários 4-12

A Trindade nos ensinamentos de Jesus II

Como pode se apreciar, na fórmula batismal, as três pessoas, são consideradas com a mesma autoridade.
Assim como na criação, nos primeiros tempos, no plano da salvação as três pessoas da trindade estão embarcadas na restauração da raça caída.

De modo que, a plenitude de Deus participa da obra. Há perfeita unidade, que veremos com mais clareza nas próximas unidades.

Professor novocbic

Comentários 4-11

A Trindade nos ensinamentos de Jesus I


Nos seus ensinamentos o Mestre enfatiza esta distinção.
Uma pessoa substitui a outra; é o único representante direto de Deus na terra, na sua ausência.

É importante salientar a participação mais evidente e com mais freqüência do Pai, no Velho Testamento. No centro da história é a vez do Filho; e na sua ausência, a do Espírito Santo junto a Igreja. Isto não significa ausência de uma ou outra pessoa no plano da salvação.

Nota:
A obra do Espírito Santo é muito extensa, e veremos em grande parte neste curso.

Professor novocbic

Comentários 4-10

Outro texto muito claro:

Por ocasião do batismo, batizado por João o batista, Jesus (o Filho) vê o Espírito Santo descer em forma corpórea como uma pomba, e o Pai, dos céus, falou: "Este é o meu Filho amado em quem me comprazo"

As três pessoas trabalham em perfeita harmonia.

Confira também com estes outros textos: Marcos 1:10-11; Lucas 3:21-22 e João 1:32-33.

Professor novocbic

Comentários 4-9

A Trindade no Novo Testamento

Encontramos no Novo Testamento, provas concretas da doutrina da Trindade, que lançam luz sobre as evidências encontradas no Velho Testamento. Como o cumprimento das profecias que anunciam o Messias e a promessa do Espírito Santo, que são muito valiosas para a compreensão deste mistério.

A Trindade numa promessa

Na promessa feita a Maria, pelo anjo Gabriel, encontramos valiosa revelação; o Pai, o Filho e o Espírito Santo, são citados na anunciação, da primeira vinda do Cristo; o Messias prometido anunciado nas profecias do Velho Testamento.

Professor novocbic

Comentários 4-8

Uma distinta evidência:

Examinado as profecias que anunciam o "Messias", este texto por exemplo, contém uma clara antecipação da plena revelação da Trindade no Novo Testamento.
Não podemos esquecer que a revelação da verdade, como um todo, é progressiva*, seguindo a ordem cronológica.

*Veja os "Cinco Princípios básicos para o estudo da Bíblia", na Unidade II.

Professor novocbic

Comentários 4-7

Outras evidências

Importantes evidências encontramos nestes textos, os quais apresentam "uma indicação de distinções pessoais em Deus." Louis Berkhof. Sistematic Theology, 1976, Pág. 86

Em textos como Malaquías 3:1 e Atos 7:35-38, "o anjo do Senhor" é identificado como sendo Cristo, o Filho de Deus, que em Gênesis 31:11-13 é declarado ser Deus. Assim também acontece com os textos do Velho Testamento, que falam do "Espírito de Deus", que são totalmente esclarecidos, no cumprimento da promessa em Atos 2.


"O anjo do Senhor", ganha significado à luz dAquele 'que o Pai...enviou ao mundo', o Filho preexistente." Derek Kidner. Gênesis - Introdução e comentário. (SP. Editora Mundo Cristão,1979). Pág.32

Nota: O mesmo acontece com a expressão "Eu Sou", significado de um dos nomes de Deus, traduzido também como: "IAHWÉH", "JAVÉ" ou "JEOVÁ", significando: "Aquele que é" ou "o Deus Eterno".

Confira na fala de Deus com Moisés na sarça ardente: "Disse Deus a Moisés: EU SOU O QUE SOU. Disse mais: Assim dirás aos filhos de Israel: EU SOU me enviou a vós outros." Êxodo 3:14.
Então veja o Filho de Deus, usando o mesmo nome para se referir a Sua própria pessoa:

"Disse-lhes Jesus: Em verdade, em verdade eu vos digo que antes que Abraão existisse, EU SOU." João 8:58 ARC.

Isto explica a atitude dos judeus, quando "pegaram pedras para lhe atirarem" João 8:59 ARC. Em palavras mais simples, eles entenderam que Jesus estava blasfemando, ao dizer que ele era Deus. E muito mais poderíamos disser a respeito, por que são muitas as passagens, que se podem citar.

Professor novocbic

Comentários 4-6

Uma boa evidência

Nestas referências Deus fala de si mesmo no plural. Há quem interprete o plural, como sendo um diálogo de Deus e os anjos, porém falando da majestade do Senhor, o profeta Isaías diz: "Com quem tomou Ele conselho, para que lhe desse entendimento, e lhe mostrasse as veredas do juízo e lhe ensinasse sabedoria, e lhe fizesse notório o caminho da ciência?" , Isaías 40:14, mostrando a impossibilidade da criatura de Deus, aconselhar o Criador.

Na opinião deste autor, nestes textos do livro do Gênesis, encontramos uma forte evidência, "uma alusão a um sublime concílio entre as pessoas da divindade."

The pulpit commentary. Vol.1, The book of Gênesis. Pág. 29
Professor novocbic

Comentários 4-5


A Trindade no Velho Testamento

A pluralidade do Deus único: As evidências no Antigo Testamento sobre a doutrina não são tão claras, quanto às do Novo Testamento.

Como o aluno deve lembrar, na unidade anterior, consideramos o texto de Gênesis 1:1, no qual o nome hebraico para "Deus" é "ELOHIM"; nome este que, ocorre mais de 2500 vezes no Antigo Testamento, sendo a forma plural de "EL", que é o nome comum para Deus nas línguas semíticas, como a Hebraica. Este plural, comentávamos, parece ser usado para o combate a idolatria, Ele é "os deuses" (nome traduzido para "Deus" ou "O todo poderoso" nas versões em português).

Neste ponto, existem dois posicionamentos, para alguns também seria uma alusão à Trindade e para outros, isto não prova nada.

Não quebre a cabeça por enquanto, vamos avançar, seguindo o nosso rumo fixado pelos princípios adotados.


Professor novocbic

Comentários 4-4

O Deus Único

O Deus de Israel testifica: "Eu sou o primeiro e Eu sou o último, e além de Mim não há outro Deus" Isaías 44:6.
Em contraste as nações vizinhas, a confissão Israelita de fé, denominada "SHEMA", em Hebraico, testifica que há só uma divindade. É o que faz Jesus Cristo em Marcos 12:29, citando o SHEMA, quando comenta sobre o grande mandamento: "O primeiro de todos os mandamentos é: Ouve, Israel, o Senhor, nosso Deus é o único Senhor!" ARC

O apóstolo Paulo também o confirma: "...e que não há outro Deus, senão um só." I Cor. 8:4 ARC

Professor novocbic

Comentários 4-3

Condição para a Vida Eterna

É através da Sua Palavra, que podemos conhecer a vontade de Deus e o plano da Salvação, que é centralizado em Jesus Cristo, como único Caminho.
Ele mesmo diz: "Eu sou o caminho a verdade e a vida."

Comentários 4-2

Conhecer Deus é o princípio da sabedoria

Como dissemos na Unidade III, a Bíblia não faz questão, pelo menos diretamente, de provar a existência de Deus; porém o conhecimento de Deus é o "princípio da sabedoria" Provérbio 9:1

O cristianismo tem como fundamento o conhecimento de Deus. E é através da revelação divina, na sua Palavra, que poderemos chegar a uma correta compreensão de Deus.

Professor novocbic

Comentários 4-1

A Trindade


As Escrituras Sagradas começam com uma simples afirmação de que há um Deus, e declaram que nós e nosso mundo somos os resultados de Seu poder criador ( Gên. 1:1). Na realidade, essa declaração da origem ocorre reiteradas vezes na Revelação (Isaías 40:26; Malaquías 2:10; Efésios 3:9; Apocalipse 10:6).


Nosso dever não é tanto provar, mas, crer que Deus existe.

Vamos pensar um pouco!

Se "provar" indica demonstrar removendo toda dúvida ou fazendo que Deus seja perceptível aos sentidos das pessoas, não podemos provar a Deus. Por outro lado, o fato de que não é possível prover demonstrações dessa espécie não prova que Deus não existe. Temos então duas opções: crer em Deus, à medida que Ele nos provê a fé e as evidências, ou decidir não crer.


Se a fé capta a realidade de Deus, então é "bem-aventurado aquele que tem o Deus de Jacó por seu auxílio, cuja esperança está no Senhor seu Deus" (Salmo 146:5). Os que não crêem num Ser Supremo são exortados a lembrar-se de que "o insensato diz no seu coração: Não há Deus." (Salmo 53:1)

Portanto, a fé, e não provas ou demonstrações, constitui o meio escolhido por Deus para conhecermos "que Ele existe e que é galardoador dos que o buscam." (Heb.11:6)


Como podemos ver, somente através da Revelação divina, conforme o declara em sua Palavra, podemos chegar a uma correta compreensão de Deus. Porém não devemos esquecer de que estamos em terreno sagrado. É possível ao Deus criador conhecer profundamente a criatura, mas o contrário é certamente impossível. Deus é infinito , mas revela-Se amoravelmente a nossa mente finita.

Através da Bíblia, Ele se apresenta a nós como nosso Criador e Mantenedor. Essa revelação fundamental demonstra claramente o valor e a dignidade de toda vida. Saber que Deus é amorável, benevolente e está profundamente interessado no bem-estar de todas as suas criaturas reveste a vida de beleza, propósito e segurança que a torna digna de se viver.


Pense bem!


Em certa forma podemos conhecer a Deus pela razão, pelo entendimento; porém não se iluda, Deus se revela a nós, a nossa razão e não somos nós, pela nossa razão, que descobrimos a Deus.


Agora veja:


A palavra "Trindade", não é encontrada na Bíblia, porém expressa uma das verdades fundamentais da Revelação, nas Escrituras Sagradas. Na Bíblia, as prerrogativas divinas são atribuídas a três pessoas distintas: o Pai, o Filho e o Espírito Santo. E todos os demais conceitos teológicos são afetados direta ou indiretamente pela noção que tivermos desta doutrina.


O Deus trino revelado na Bíblia é sempre apresentado como o Criador e Mantenedor das coisas criadas, e Deus é inseparável mas distinto de toda a Criação. Em muitos aspectos da vida, Deus Se manifesta na Criação, porque tudo foi feito a partir da mente da Divindade. Porém, a criação não é Deus.

Professor novocbic

quarta-feira, 24 de outubro de 2007

Comentários 3-1

O livro do Gênesis: Uma literatura rara e complexa.

O texto do Gênesis faz parte de uma literatura extremamente rica, não há outra que em tão poucas palavras concentre tanto conteúdo. Muitos ensinamentos, princípios de vida, doutrinas, estão contidos num simples versículo.
Isto só pode ser possível, se concordarmos com as próprias Escrituras que declaram: "o autor é Deus e o escritor foi instrumento do criador". II Ped. 1:21

As conclusões que se tiram, ao aprofundar no estudo do Gênesis, sobre o Criador e a criação, dependem muito do método de interpretação utilizado.

Seguindo os cinco princípios propostos para estudar a Bíblia, com certeza veremos, que só as Sagradas Escrituras tem autoridade final nestes assuntos. Devemos aceitar a Bíblia como ela é.

É muito importante para um bom entendimento, que em determinado momento tenhamos que consultar orientações relativas aos originais em Hebraico, Aramaico e Grego, para não perder a mensagem da Revelação. Isto se deve, como aluno já foi esclarecido, ao fato de estarmos lidando com traduções e versões diferentes.

Depois de avançar no estudo o aluno vai compreender melhor esta necessidade, mesmo que não sejamos especialistas nessas línguas.

Professor novocbic

terça-feira, 23 de outubro de 2007

Comentários 3-7


Em construção

Comentários 3-6

Respostas para duas questões fundamentais

Ao que parece, o relato do Gênesis 1 e 2, foi feito para responder as questões:


Quem criou? Por que criou?

Resposta 1

- "Tudo procede de Deus". Sem Ele não existiria o universo nem a vida.

Como também concorda Paulo no Novo testamento:

- Em Atos 17: 24 a 28, onde Deus é "O Deus que fez o mundo e tudo o que nele existe, sendo ele Senhor do céu e da terra,...pois nele vivemos e nos movemos, e existimos, ..."

Concluímos:
"tudo procede de Deus e está subordinado a Ele"


Resposta 2

- "Tudo foi criado para a sua glória"

- Veja o profeta Isaías: "a todos os que ... criei para minha glória, e que formei, e fiz." Is. 43:7

- "Os céus proclamam a glória de Deus, e o firmamento anuncia as obras das suas mãos." Sal. 19:1

Na verdade Deus não necessita do mundo nem do homem. Porém por sua graça e benevolência, lhes concede o ser, e lhes dá a liberdade de criaturas. O seu amor o mantém sempre perto e fiel a sua criação, a fim de sustentá-la. O amor é a essência do caráter e do governo de Deus.

Muitos outros comentários poderíamos acrescentar, porém, isto é o básico.

Estamos a sua dispocisão, use o nosso Email: professor.novocbic@gmail.com

Professor novocbic

Comentários 3-5

A fé na sua expressão fundamental

Este é o segundo fundamento da fé:

"creio no Deus criador"

Você e eu podemos concluir que, se Ele tem todo este poder, certamente poderá nos socorrer no momento oportuno. O que necessitamos hoje, é muito simples se comparado com a criação.

Os ensinamentos bíblicos da criação são fundamentais para poder entender as outras crenças baseadas nas Escrituras sagradas. De modo que, quando cremos que a terra e seus habitantes surgiram por criação, e não por acaso, é reconhecer a existência do Deus criador.

Por exemplo, reconhecer em Deus o nosso criador é básico, para que possamos aceitar, seu direito de nos julgar e de nos remir.

Professor novocbic

Comentários 3-4

Conhecendo Deus pelo nome

A palavra hebraica traduzida para nome*, significa originalmente "prova" ou "sinal", de modo que é um sinal, prova ou descrição da pessoa que o usava.

Tendo em conta que um dos pontos essenciais para conhecer e familiarizar-se com uma pessoa é aprender o seu nome; o nome profético na Bíblia representa "a pessoa que o carrega", não é uma mera etiqueta. De modo que o nome (ou nomes) que uma pessoa recebe na profecia bíblica é na verdade um adjetivo, que diz alguma coisa da pessoa, ou `"do que é", "do que faz" ou revelação do seu caráter.

Na Bíblia original hebraica, Deus recebe vários nomes. No texto em estudo no original hebraico, Deus é:


"Elohim" **

Onde "El" - é Deus em hebraico e a partícula "im", usa-se para determinar um plural. Como Ele é o Deus único, entendemos que "Ele é os deuses", em outras palavras Ele reúne em si mesmo todos os poderes dos "deuses" das mitologias antigas, criados pela imaginação do homem.

Desta forma a Escritura, nega a existência dos deuses, que é a base da idolatria, combatida em todo o contexto bíblico, do Gênesis ao Apocalipse e em especial nos dois primeiros mandamentos da Lei de Deus. (Êxodo 20:3 a 5)

Pense bem: "Acreditamos no Deus que cruiou o homem e não no deus que o homem criou"

O Deus criador, é Elohim, em mais de 2500 citações do Velho Testamento (VT). E é traduzido normalmente, na maior parte das versões para Deus (com a primeira letra em maiúscula) ou para "O todo poderoso".

Bibliografias de referência: *"Nombre" - Enciclopédia de la Bíblia - vol.5, pag. 547, Ediciones Garriga, S.A. - 1963 - Barcelona - España. ** "Elohim" - Ídem. vol.2, pag.1227-1228 (em espanhol)

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Comentários 3-3

De olho na gramática

Muito mais importante do que ler a Bíblia, é parar, pensar e reler. Muitas vezes deve ter acontecido com você, o mesmo que a mim, um texto muito conhecido, tinha uma mensagem que não tínhamos enxergado.
Veja que simples; na frase:

"No princípio, criou Deus o céus e a terra."


Deus, é do ponto de vista gramatical o sujeito da narrativa da criação.

- O primeiro verso é então o título do relato a seguir, onde vemos o Deus criador em ação. Conclusão, o tema mais importante aqui é: "Deus o criador" e não a criação.
Para o Antigo testamento, dar mais importância à criação do que ao criador, é a base da idolatria.
- Note: no Gênesis 1 e 2, o rumo é este, começa com Deus e termina com a criação.

Professor novocbic

Comentários 3-2

O Deus criador

A bíblia não faz questão, pelo menos diretamente, de provar a existência de Deus; mas a melhor maneira de refletir sobre sua existência é observar o que os profetas, inspirados pelo Espírito Santo, tem a testemunhar a este respeito e ainda ter em conta outras evidências da nossa vida diária, na natureza por exemplo, que apontam para um ser supremo.


O primeiro fundamento da fé:

O escritor da carta aos Hebreus, o Apóstolo Paulo, nos afirma:
- "quem se aproxima de Deus deve crer que Ele existe..." (Hebreus 11:6), e este é o primeiro fundamento da fé.


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quinta-feira, 18 de outubro de 2007

Comentários 2-5

Quinto principio

Conhecer a linguagem profética da bíblia.

Há um mecanismo que devemos conhecer:

I - Promessas: As escrituras apresentam promessas da parte de Deus que apontam para um cumprimento de promessas, revelado na própria Bíblia.

Um exemplo, no Velho testamento achamos a promessa de um filho de mulher que destruiria o inimigo de Deus e do homem (o Diabo, Satanás) representado pela serpente, Gênesis 3:15 e identificado em Apocalipse 12:9.
No Novo testamento, vemos o cumprimento da promessa em Cristo Jesus "que veio destruir as obras do Diabo" I João 3:8. E destruir o próprio Satanás. Hebreus. 2:14.

II - Profecias: Nas escrituras achamos profecias que apontam para um cumprimento das profecias confirmadas nas próprias escrituras.

Como exemplo, no Velho testamento a profecia que chama a atenção para um sinal, ou mistério, de uma virgem dar a luz o messias, o Salvador da humanidade identificado com o nome profético de "Emanuel" – Isaías 7:14.
Já no Novo testamento, achamos entendimento para a profecia, nas palavras do anjo Gabriel a José, noivo de Maria – a Virgem, em quem a profecia se cumpriu – Mateus 1:21-23.

III - Figuras: Na bíblia são utilizadas inúmeras figuras, tipos, sombras ou símbolos que apontam para realidades. Isto é mais saliente nos livros proféticos.
No Velho testamento, um exemplo claro são os serviços propostos a Israel na Lei cerimonial. No Sacrifício contínuo, um animal era morto, levando sobre si os pecados do homem arrependido. Êxodo 29:38-41.
Já no Novo testamento, o cordeiro do sacrifício é apontado como único, Cristo Jesus, confirmado por exemplo pelo profeta João o Batista, quando diz: "Eis o cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo". João 1:29 ou Mateus 27:51.

É esta a lei que foi abolida segundo Paulo: Col. 2:14, já não é necessária. Como também é confirmado ao longo da carta aos Hebreus. Tratava-se de figuras didáticas.

O plano propõe estes princípios bíblicos básicos que de forma nenhuma poderão ser deixados de lado em todo curso. Eles são essenciais para não desviar dos verdadeiros ensinamentos da Palavra de Deus.



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Comentários 2-4

Quarto principio

Ter em conta o Recurso Divino

É tão importante como o anterior, veja que, em Isaías 1:18 Deus diz : "Vinde e arrazoemos...". O convite divino é para chegarmos à Ele e discutirmos o assunto da Salvação até o fim; até que acha entendimento. (Conforme a Bíblia na linguagem de hoje apresenta).

Isto é possível graças à presença entre nós da Terceira pessoa da trindade, o Espírito Santo de Deus. Jesus mesmo esclareceu este assunto, em suas promessas, no evangelho de João "...o Espírito ensinará... e fará lembrar todas as coisas..." João 14:25-28. Ou "...convencerá do pecado, da justiça e do juízo" João 16:7-8. E ainda "...dará testemunho de Mim" João 15:26-27.

O mesmo Espírito Santo que inspirou os profetas, nos assiste, faz possível o entendimento da verdade bíblica. Ele ilumina nossa mente, sendo ainda, a Sua obra muito maior do que esta na restauração do homem caído.

Aqui a grande vantagem de estudar a palavra de Deus, até o mais simples pode compreendê-la.

O plano propõe estes princípios bíblicos básicos que de forma nenhuma poderão ser deixados de lado em todo curso. Eles são essenciais para não desviar dos verdadeiros ensinamentos da Palavra de Deus.

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Comentários 2-3

Terceiro principio

O estudo da bíblia deve ser feito pela razão

Ao homem criado à Sua imagem e semelhança, Deus outorgou liberdade para agir de acordo com as suas faculdades, recebidas na própria criação. (Inteligência, razão e responsabilidade). Este princípio chama atenção ao fato de que não é pelo simples fato de ler ou decorar textos que temos assegurado algum favor da parte de Deus, mas pelo entendimento é que vem a compreensão da palavra, a avaliação pessoal de nosso estado e o que Deus pode fazer por nós. Isto está claro, por exemplo em Isaías 1:18 e Salmos 32:8-9.

Porém, quando pela razão não é possível compreender o fato bíblico, quando não há uma resposta nas escrituras, deverá então aceitá-lo pela fé, que é a confiança plena em Deus e não fazer suposições.

Esta afirmação ajuda entender este fato:

Não se iluda. Deus se revela a nós, à nossa razão; e não é nós, que pela razão descubrimos Deus.

O plano propõe estes princípios bíblicos básicos que de forma nenhuma poderão ser deixados de lado em todo curso. Eles são essenciais para não desviar dos verdadeiros ensinamentos da Palavra de Deus.

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Comentários 2-2

Segundo principio

A Bíblia interpreta-se a si mesma

O estudo da bíblia com sinceridade, leva a uma só interpretação. No mundo cristão dependendo das denominações, há numerosas interpretações o que leva certamente à confusão e diferenças na prática religiosa.
Pedro afirma: "... nenhuma profecia vem de particular interpretação (ou ilucidação)" – II Pedro 1:20.

Deus mesmo provê os esclarecimentos e interpretação do texto bíblico. E é isso mesmo o que Lutero defendia em suas teses : "A Bíblia e só a Bíblia..." Isto é realmente importante, Deus infinito em poder, que não erra, não poderia deixar para o homem finito e decaído pelo pecado a tarefa de interpretar a sua Palavra. De modo que, quando o estudante sincero da Palavra de Deus se confronta com um texto que apresenta alguma dificuldade, deverá pesquisar, nas próprias escrituras, para achar uma resposta correta. E o "assim diz o Senhor" deve sempre ser respeitado.

O plano propõe estes princípios bíblicos básicos que de forma nenhuma poderão ser deixados de lado em todo curso. Essenciais para não desviar dos verdadeiros ensinamentos da Palavra de Deus.

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Comentários 2-1

Primeiro principio

O estudo deverá ser feito respeitando a cronologia da revelação

A bíblia é uma coleção de livros, as revelações de Deus em diferentes épocas, em forma progressiva, encadernados de tal modo que o tema principal, "A História da humanidade e o relacionamento com Deus", tem princípio e fim. É verdade que alguns dos livros estão inseridos sem seguir esta ordem, é o caso por exemplo do livro de Jó, que seria o mais antigo segundo os eruditos.
O Gênesis (do grego: origem ou princípio) apresenta o início da história que avança através dos outros livros até a consumação da história do pecado no livro do Apocalipse. O que dará lugar à uma nova história : A Eternidade.

Em outras palavras, podemos resumir assim : No princípio, Deus, O Criador de todo o universo, também criou a raça humana; para Viver. Mas, com a entrada do pecado, veio a condenação a morte eterna. Então, o Deus amoroso, mesmo no princípio, pôs em andamento um plano para resgatar e restaurar a raça caída. No plano, cada pessoa deve escolher aceitar ou não, usando o livre arbítrio. Avançando no estudo e respeitando esse princípio básico, podemos ver claramente como a salvação se centraliza, na pessoa do Filho de Deus, que encarnou e habitou entre nós.
Assim o estudo progressivo proposto leva ao raciocínio lógico até a culminação do plano, no último livro da Bíblia, onde vemos a humanidade triunfante em Cristo.

Jesus mesmo aplicava este princípio quando ensinava seus discípulos, veja este exemplo: " e começando por Moisés, discorrendo por todos os profetas, expunha-lhes o que a seu respeito constava todas as escrituras." Lucas 24:26-27.

Bibliografia: Guia para o Estudo da Bíblia . Editora CASA, 1974 - Capítulo VI.

O plano propõe estes princípios bíblicos básicos que de forma nenhuma poderão ser deixados de lado em todo curso. Essenciais para não desviar dos verdadeiros ensinamentos da Palavra de Deus.

Comentários 1-7

Revelação e a História

Através das escrituras sagradas, Deus presente na história, não se revela de uma só vez e de uma só maneira; utiliza para isto um longo período de tempo e o faz em forma progressiva até culminar com a sua maior revelação, o seu Filho encarnado. Hebreus 1:1-2.

É bom lembrar esta forma de ver as Escrituras: "Tudo começa como por tras de um véu, e a medida que avança o véu vai sendo retirado"

Inicia com Moisés ( entre 1290ac-1250 aC ? ), e cronologicamente continua com os outros profetas, até completar o que conhecemos como o Velho testamento, abrangendo um período de aproximadamente 4000 anos. Do Gênesis ao livro de Malaquías.

Jesus Cristo a sua maior revelação (Hebreus 1:1-2), não escreveu nenhum livro,porém os seus Apóstolos e discípulos cumpriram com esta missão. É assim que, os livros do Novo testamento contém a revelação de Cristo até o fim da história do pecado; de Mateus até o Apocalipse.

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Comentários 1-6

Os três pontos principais da história


A Bíblia contém dados históricos, fornece datas precisas, relata como Deus criou o mundo, revela profunda moral, fixa normas de conduta, explica o plano de salvação que é outorgado por graça e destaca o amor de Deus; e tem validade universal.

Em contraste com ela, na maior parte os livros das religiões orientais são semi-lendários; apresentam um mundo que surgiu por acidente, raras vezes apresentam dados concretos e datas acuradas, revelam uma ética regional, evidenciam o caráter acomodatício das normas de conduta, apresentam a salvação como retribuição de boas obras e atos de penitência, e descrevem os deuses como passionais, terríveis, temíveis e implacáveis.

Nesta ordem vemos:


Como todo começou, o plano de restauração ou resgate e a restauração plena.

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Comentários 1-5

A história mais importante da Bíblia
-

Muitas histórias da Bíblia são conhecidas, porém não deixam de ser lances da principal ou mais importante. É assim nas Escrituras sagradas.
A mensagem da revelação, é o relato inspirado por Deus, das origens do homem e o resgate da humanidade caída.

Nestes livros temos revelações sobre Deus, sobre a humanidade e, especialmente, sobre a intervenção de Deus na história em nosso favor. Do relato do Éden perdido, em Gênesis, até a promessa do Éden restaurado, no Apocalipse. E o plano de Salvação se manifesta na vida de cada pessoa, a medida que o Espírito Santo ilumina o seu entendimento.

Deste ponto de vista, varios nomes são dados: História do pecado, História da redenção, História sagrada etc. Nós ficamos com este que certamente retrata bem o conteúdo da revelação:


"A história da humanidade e o seu relacionamento com Deus"

É a única coleção de livros de história onde Deus aparece fazendo história junto à humanidade.

segunda-feira, 15 de outubro de 2007

Comentários 1-4

As versões da Bíblia

Há diferenças entre as muitas versões, as vezes só se deve ao uso de sinônimos ou diferentes formas de expressão do idioma, porém outras vezes são diferenças graves que levam a erros doutrinários ou de interpretação.
Pesquise fontes e compare textos em diferentes versões, para segurança da fidelidade do texto.
No "Curso Bíblico Ideal Cristão" adotaremos o texto da versão de João Ferreira de Almeida, (ARC = Almeida Revista e Corrigida), traduzida e corrigida a partir de cerca de 95% dos milhares de manuscritos nas línguas originais, manuscritos que basicamente concordam entre si.
Quando for necessário compararemos com a versão Almeida Revista e Atualizada (VARA), ou com outras versões.
É importante o aluno, acompanhar o estudo com a sua própria Bíblia e no momento oportuno faremos algumas comparações em textos de extrema importância.

Notas importantes:

Prestemos atenção aos resumos a seguir:

" Qual o tipo de sua Bíblia?"

Em resumo há dois tipos de Bíblias:
As chamadas "Bíblias alexandrinas".
E as "Bíblias chamadas da Reforma"

"As Bíblias chamadas alexandrinas" ( NVI, Almeida Atualizada, BLH, Viva, etc.) diferem gravemente das " Biblias da Reforma " (Almeida 1681,1753, 1819, Revista e Reformada 1847, Revista e Corrigida 1894, Corrigida Fiel 1996, etc.):


As Alexandrinas omitem - adicionam - mudam milhares de palavras; enfraquecem: divindade, sangue, morte vicária e nascimento virginal de Cristo; doutrinas da Trindade, inspiração, salvação e jejum; introduzem graves contradições e outros erros."

Exames minuciosos apontam diferenças que coduzem a erros de interpretação; "Prato cheio" para as polêmicas doutrinas adotadas por alguns e as seitas e movimentos que surgem a cada dia.

Pesquise na Internet e consulte uma boa enciclopédia bíblica sobre este assunto. Ou peça para nós mais informações sobre o assunto.

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Comentários 1-3

OS IDIOMAS ORIGINAIS

O HEBRAICO
Pertence ao grupo de línguas semíticas, e é a língua cananéia, falada pelos israelitas. Também na Bíblia denomina-se como língua de Canaã ( Isaías 19:18 ) ou em língua judaica ( Isaías 36:11; 2 Reis 18:26; Neemias 13:24 ) e mais tarde Língua sagrada. Os israelitas falaram o hebraico até o cativeiro; depois o Hebraico foi substituído aos poucos pelo Aramaico. Porém o Hebraico foi conservado como língua literária, de uso religioso e científico.


O ARAMAICO
É mais um dialeto semítico, que teve sua origem nas tribos aramaicas que invadiram as terras da Síria e Palestina, os Arameus. Algumas dessas tribos, como Israel e Moabe adotaram o dialeto que ali se falava; tornou-se a língua principal de todo Oriente Antigo, mas, foi a final substituída pelo Árabe, embora ainda não tenha totalmente desaparecido.


Dicionário Enciclopédico da Bíblia. Pág.104 e 668. Editora Vozes.


O GREGO
O Novo testamento, é o documento mais precioso e mais universal do grego, língua falada e escrita durante séculos, em toda a área do mar Mediterrâneo. Era a língua comum de muitos povos durante o domínio do Império grego e mesmo depois da sua decadência.

Até mesmo os hebreus tiveram que contar com o uso do grego, na dispersão, nem tanto em Jerusalém ou Judéia, mas na Alexandria, onde nasceram as primeiras versões gregas da Bíblia, Antigo e Novo testamento.


Bibliografia: Enciclopédia de la Bíblia, Ediciones Garriga, S.A, 1963- Volume III, Página 964
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terça-feira, 9 de outubro de 2007

Comentários 1-2


Os manuscritos
Nos tempos antigos a escrita era manual, ou também chamada manuscrita, e eram utilizados inúmeros materiais sobre os quais se executava, como pedra, argila, madeira , papiros, pergaminhos etc.
A revelação foi registrada sobre papiros algumas vezes e em pergaminhos na sua maior parte.
Os papiros eram confeccionados com um vegetal muito comum no oriente, o Papiro. Para a sua fabricação utilizava-se das fibras do talo, onde depois de uma certa preparação, era feita a escrita. Estes eram guardados em forma de rolos ou de códices com uma encadernação à semelhança da atual.
Já os pergaminhos eram fabricados com couros bovinos, ovinos ou caprinos tratados com produtos químicos como cal, que por serem começados a usar em Pérgamo, cidade da Ásia, recebem este nome.
Estes documentos em grande parte são ainda conservados em museus e bibliotecas da Europa e Oriente. Ou guardados em forma de fotografias ou microfilmes como o da figura, que corresponde a trecho do capítulo oito de Daniel.

Você pode pesquisar muito sobre este tema na Internet ou em literaturas específicas sobre o assunto.
Consulte --> Manuscritos, numa boa Enciclopédia da Bíblia como por exemplo,
Enciclopédia de la Bíblia – Ediciones Garriga. AS – Barcelona - Espanha.

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Outras informações importantes
HISTÓRIA sobre Os Originais da Bíblia.
O Antigo Testamento em Hebraico
Este relato tem início muitos séculos antes de Cristo. Escribas, sacerdotes, profetas, reis e poetas do povo hebreu mantiveram registros de sua história, do relacionamento de Deus com eles e de suas visões inspiradas e esperanças. Como tais registros constituíam uma parte muito importante da vida deles, eles foram copiados e re-copiados muitas vezes. De geração em geração tais registros foram usados por eles nos templos, em suas sinagogas e residências.
Com o passar do tempo, estes registros sagrados foram reunidos em três coleções conhecidas como "A Lei", "Os Profetas", e "As Escrituras". Estas três coleções, especialmente a terceira, não foram fixadas e encerradas antes do Concílio Judaico de Jamnia (ao redor de 95 A.D.). A Lei continha os primeiros cinco livros da nossa Bíblia. Os Profetas incluíam não apenas Isaías, Jeremías, Ezequiel e os Doze Profetas Menores, como também Josué, Juizes, I e II Samuel, e I e II Reis.
Os livros do Antigo Testamento foram escritos em longos pergaminhos fabricados com pele de cabra fina, e foram copiados por escribas com extremo cuidado. Geralmente cada um destes livros era escrito em um pergaminho separado, embora a Lei freqüentemente estivesse copiada em dois grandes pergaminhos. O texto era em hebraico, escrito da direita para a esquerda. (Apenas alguns capítulos encontram-se escritos em dialeto aramaico.)
O trecho mais antigo do Antigo Testamento em Hebraico* hoje conhecido é um pergaminho de Isaías. Este pergaminho provavelmente foi escrito durante o segundo século A.C. e pode ser muito semelhante ao pergaminho utilizado por Jesus na Sinagoga em Nazaré. Ele foi descoberto em 1947, assim como outros que foram descobertos posteriormente dentro de uma caverna próxima ao Mar Morto.
As Escrituras incluíam o grande livro de poesia, os Salmos, e também Provérbios, Jó, Ester, Cantares de Salomão, Rute, Lamentações, Eclesiastes, Daniel, Esdras, Neemías, e 1º e 2º Crônicas.
Os Manuscritos ou Documentos do Mar Morto tiveram grande impacto na visão da Bíblia, pois fornecem espantosa confirmação da fidelidade dos textos massoréticos aos originais. O estudo da cerâmica dos jarros e a datação por carbono 14 estabelece que os documentos foram produzidos entre 168 a.C. e 233 d.C. Destacam-se, nestes documentos, textos do profeta Isaías, fragmentos de um texto do profeta Samuel, textos de profetas menores, parte do livro de Levíticos e um targum (paráfrase) de Jó.
O Antigo Testamento em Grego
A língua grega restringia-se quase inteiramente à Grécia, mas muito antes do tempo de Cristo existiram comunidades israelitas em muitas regiões do mundo antigo. Devido às conquistas de Alexandre e seus sucessores, o grego havia se transformado na língua mais amplamente utilizada. Portanto, no terceiro século A.C. as Escrituras Hebraicas foram traduzidas para grego, para serem utilizadas naquelas comunidades. Esta tradução grega é denominada "Septuaginta".
A Septuaginta contém sete livros que não fazem parte da coleção hebraica; eles não estavam incluídos quando o cânon do Antigo Testamento (ou lista oficial) foi estabelecido por exegetas israelitas ao final do primeiro século D.C. A igreja primitiva geralmente incluía tais livros em sua Bíblia. Eles são chamados "Apócrifos" ou "Deuterocanon", e encontram-se presentes nas Bíblias de muitas igrejas.
Este Antigo Testamento em Grego foi utilizado em sinagogas de todas as regiões do Mediterrâneo, e foi portanto de grande utilidade para os primeiros discípulos de Jesus em seus esforços para ganhar convertidos a Ele.
E como a língua grega era compreendida em todas aquelas regiões, os escritores do Novo Testamento escreveram em grego.
O Novo Testamento em Grego
Os primeiros manuscritos do Novo Testamento que chegaram até nós são algumas das cartas do Apóstolo Paulo escritas à pessoas ou pequenos grupos de pessoas em diversas cidades e povoados que haviam crido no Evangelho que ele lhes pregara. Estes grupos foram o início da igreja cristã. Eles receberam estas cartas, deram-lhes grande valor e preservaram-nas com todo cuidado. Logo depois grupos de convertidos vizinhos desejaram ter cópias, e foi assim que as cartas de Paulo começaram a circular. A necessidade de ensinar novos convertidos e o desejo de relatar o testemunho dos primeiros discípulos em relação a vida e os ensinamentos do nosso Senhor também levaram à escrita dos Evangelhos. Eles constituem uma fonte inestimável de informações sobre Jesus e seus ensinamentos. Estes manuscritos passaram a ser muito solicitados a medida em que as igrejas cresciam e se espalhavam. Outras cartas, exortações, sermões, e manuscritos cristãos semelhantes também passaram a circular.
O mais antigo fragmento do Novo Testamento hoje conhecido é um pequeno pedaço de papiro escrito no início do segundo século A.D. Ele contém algumas palavras de João 18:31-33, no verso contém palavras dos versículos 37 e 38. Nos últimos cem anos descobriu-se uma quantidade considerável de papiros contendo o Novo Testamento e o texto em grego do Antigo Testamento. Estes manuscritos daqueles primeiros tempos revelam muito aos estudiosos sobre a vida na época em que o Novo Testamento foi escrito, e sobre os primeiros textos da Bíblia.
Principais manuscritos
O Novo Testamento tem como característica principal uma imensa quantidade de escritos e evidências externas. Alguns manuscritos, entretanto, merecem destaque. São eles:
Os papiros - produzidos quando o movimento iniciado pelos discípulos de Jesus ainda era ilegal. Datam dos séculos II e III d.C. e constituem valioso testemunho da veracidade do Novo Testamento, pois surgiram a apenas uma geração dos autógrafos originais. Seus representantes mais importantes são:
· · p52 ou fragmento de John Rylands (117 - 118 d.C.) - encontrado no Egito, contendo parte do Evangelho de João;
· · p45, p46 e p47 ou Papiros Chester Beaty (250 d.C.) - contendo quase todo o Novo Testamento (o p45 contém os Evangelhos e o livro de Atos dos Apóstolos; o p46, a maior parte das cartas de Paulo; e o p47, parte do Apocalipse);
· · p66, p72 e p75 ou Papiros de Bodmer (175 - 225 d.C.) - igualmente importantes, incluindo-se entre eles Unciais cuidadosamente impressos e com muita clareza (o p66 contém parte do Evangelho de João e data do ano 200; o fragmento p72 contém cópias de Judas e de I e II Pedro; e o p75 contém a mais antiga cópia do Evangelho de Lucas (175 a.C.).
Os Unciais - manuscritos em caracteres maiúsculos, escritos em velino e pergaminho. Constituem os escritos mais importantes do Novo Testamento, dos séculos III a V. Existem cerca de 297 Unciais, entre eles:
· · Códice Vaticano - é o mais antigo dos Unciais (325 - 350 d.C.) e foi desconhecido dos estudiosos bíblicos até 1475, quando foi catalogado na biblioteca do Vaticano; contém a maior parte do Antigo Testamento (versão dos LXX) com os apócrifos e o Novo Testamento em grego;
· · Códice Sinaítico (Álefe) - data do século IV e possui poucas omissões;
· · Códice Efraimita - originou-se em Alexandria, no Egito, em cerca de 345 d.C.;
· · Códice Alexandrino - data do século V;
· · Códice Beza ou Cambridge - cerca de 500 d.C.; é o manuscrito bilíngüe mais antigo do Novo Testamento. Foi escrito em grego e latim;
· · Os Minúsculos - documentos escritos em caracteres minúsculos que datam dos séculos IX ao XV, somando mais de 4000 documentos, entre manuscritos e lecionários (livros muito utilizados nos cultos da Igreja, que continham textos selecionados da Bíblia para leitura, incluindo o Novo Testamento).
© 2002 Aldenei Moura Barros
Aldenei Moura Barros.É professor do Ensino Médio da rede pública do Estado do Amazonas. Graduado em Filosofia pela UFAM. Bacharel em Teologia pela Faculdade Teológica ABECAR de Mogi das Cruzes-SP. Especialista em Tecnologia Educacional pela UFAM. Mestrando em Teologia pela Faculdade Teológica ABECAR.
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HISTÓRIA - Achado dos Documentos mais antigos
Há cinqüenta anos, dois beduínos encontravam centenas de pergaminhos enterrados no deserto. Hoje, setenta cientistas estão prestes a terminar a tradução dos Manuscritos do Mar Morto, os mais antigos textos bíblicos conhecidos.
Como uma cabra mudou a História
Num final de tarde em abril de 1947, Juma Muhammed espreguiçou-se e decidiu que era hora de recolher o rebanho. Subiu em um rochedo, atrás de uma cabra, e aí algo chamou sua atenção: duas aberturas nas rochas. Eram cavernas, bem pequenas. Um homem teria que se espremer para entrar. Atirou uma pedra pelo buraco e ouviu o barulho de um vaso se quebrando. Desde Ali Babá, o que mais poderia haver numa caverna do deserto senão um tesouro? Juma chamou o primo que estava embaixo, Muhammed Ahmed (também conhecido como “Lobo”), e os dois examinaram a entrada. Como já estava escurecendo, resolveram voltar para o acampamento — as tendas dos beduínos nômades taamireh, na margem do Mar Morto, perto de Qumran — e retornar depois.
No dia seguinte, Lobo deu o golpe. Acordou de madrugada e correu à caverna sozinho. Esgueirou-se lá dentro e descobriu, contra o fundo, uma fila de jarros esguios e tampados. Havia entulho e cacos no chão. Penosamente, arrastou-se pelo chão e enfiou a mão em um deles. Nada. Vasculhou nove jarros freneticamente. Nada. No décimo, agarrou algo enrolado em tecido. Achou três rolos de pergaminho, envoltos em linho e couro. Abatidíssimo, foi acordar os primos sonolentos.
É claro que era um tesouro. Arqueológico. Naquela manhã, Lobo descobriu o mais antigo original existente do Livro de Isaías, da Bíblia, o Comentário de Habacuc (outro profeta judaico) e o Manual de Disciplina dos essênios — a seita de eremitas judeus que enterrou seus textos para protegê-los de um ataque romano no ano 68 d.C. Preservaram os escritos, mas o seu convento foi arrasado. Restam, hoje, as ruínas de Qumran.
Cinqüenta dólares
Os taamireh voltaram à caverna, tiraram os jarros de dentro, abandonaram-os na estrada e levaram os pergaminhos que acharam para Belém, mal dobrados nas bolsas. O Manual de Disciplina chegou partido em dois. A cidade estava sob Lei Marcial. Eram os últimos dias do domínio inglês, os judeus queriam a independência de Israel, havia combates e atentados. Em meio ao tumulto, ofereceram os rolos a mercadores, mas ninguém se interessou. Um sapateiro concordou em vendê-los em troca de comissão.
Em maio, um dos pergaminhos foi oferecido ao bispo Athanasius Samuel, da igreja cristã ortodoxa síria de Jerusalém, o primero a intrigar-se. De saída, percebeu que, se o manuscrito não fosse uma falsificação e tivesse vindo do Mar Morto., deveria ser antigo, pois aquela região era desabitada desde o começo do cristianismo. Um mês depois, o sapateiro lhe vendeu cinco rolos por um preço jamais revelado. Diz a lenda que custou 50 dólares.
Recuando a História
Em março de 1948, os exames paleográficos confirmaram: o Livro de Isaías era do ano 100 a.C. Imagine-se o nervosismo. O mais antigo original existente do Velho Testamento era da Idade Média. A destruição de Jerusalém pelos romanos, no ano 70, não poupou documentos. A mais velha Bíblia judaica, encontrada em Alepo, na Síria, era do século X. O mais remoto documento judeu existente era uma Mishná, o código dos rabinos, do ano 200. Quanto ao Novo Testamento (cristão), o original mais antigo era o Papiro John Ryland, um fragmento do Evangelho de São João, do ano 125, em grego, da Biblioteca John Ryland, da Universidade de Manchester, Inglaterra.
Os manuscritos, portanto, eram provas materiais de uma história passada 2 000 anos antes. Tão logo a notícia se espalhou, beduínos e arqueólogos vasculharam 267 cavernas na região de Qumran. De 1951 a 1956, o padre Roland de Vaux, da Escola Bíblica e Arqueológica Francesa de Jerusalém, escavou as ruínas, então desconhecidas, e descobriu o convento dos essênios.
No total, cerca de 900 manuscritos, escritos em hebraico, aramaico e grego, foram achados em mais dez cavernas, numeradas, então, de 1 a 11. Outros sítios arqueológicos associados a Qumran, também com pergaminhos, foram descobertos, como a fortaleza judaica de Massada, no sul do Mar Morto. Muitos rolos estavam em bom estado, mas a maioria não resistiu aos séculos e despedaçou-se. A caverna 4 enlouqueceu os paleógrafos: continha 575 dos 900 manuscritos, mas em 15 000 pedaços, alguns do tamanho de uma unha. Antes da tradução, um quebra-cabeças infernal, faltando peças, devia ser montado.
“Os manuscritos são a maior descoberta arqueológica do século”, disse à SUPER o padre católico e filólogo Emile Puech, da Escola Bíblica e Arqueológica Francesa, um dos tradutores. “Basta considerar sua idade, diversidade e conteúdo.” Outro tradutor, o teólogo Eugene Ulrich, da Universidade de Notre Dame, nos Estados Unidos, especifica: “É a mais importante descoberta da história religiosa do Ocidente.”
O arquivo dos essênios revelou pergaminhos do ano 225 a.C. ao ano 65 d.C., contemporâneos, portanto, de Jesus Cristo (que morreu no ano 33, aproximadamente). Possuía originais de 22 dos 23 Livros do Antigo Testamento (a exceção é o Livro de Esther) e vasta literatura não bíblica. Tem, assim, a mais antiga palavra registrada do Deus judaico-cristão: um fragmento do Livro de Samuel, do ano 225 a.C., achado na caverna 4.
Graças à descoberta, as cópias do Antigo Testamento feitas por gregos, latinos, sírios, etíopes e bizantinos, durante séculos, podem ser conferidas. Os manuscritos iluminaram a história do judaísmo e as raízes do cristianismo.
O triunfo da ciência sobre a vaidade
Nunca houve uma tradução igual. Em janeiro passado saiu o volume 22 e, agora, em abril, foi publicado o volume 15 das Descobertas do Deserto da Judéia, pela Oxford University Press — a edição oficial dos Manuscritos. Sai um volume a cada três meses, fora de ordem porque os tradutores trabalham autonomamente. Setenta paleógrafos, filólogos, lingüistas e teólogos em Israel, na Europa e nos Estados Unidos contribuem para a obra, prevista para 39 volumes. Até dezembro, todos os textos referentes à Bíblia serão publicados. A edição dos demais será concluída só no ano 2000.
O que falta? Falta publicar a tradução, já feita, de pergaminhos da caverna 11 e montar os fragmentos da caverna 4, ainda não decifrados. “São textos desconhecidos cujo entendimento apresenta surpresas e problemas”, diz Eugene Ulrich. Emile Puech confirma: “Demoraremos mais alguns anos para terminar com a caverna 4.”
Como muitos pergaminhos estavam despedaçados em partes minúsculas, a primeira tarefa dos pesquisadores foi enfrentar o quebra-cabeças. Para montá-lo, os paleógrafos analisam a pele do pergaminho, a escritura (a tinta, a pena usada), o estilo literário e a caligrafia do escriba. Até o “padrão de estrago” ajuda a agrupar fragmentos de rolos atacados por roedores, insetos ou umidade que geram danos similares. A Genética identifica as peles de um mesmo animal. Sua origem e idade pode ser precisada comparando os dados com genes de fósseis do Mar Morto. A análise do DNA permite encaixar fragmentos na ordem certa.
A tradução avançou, mas não acabou. Mas pelo menos acabou o mistério: os textos que ainda faltam da caverna 4 referem-se à organização dos essênios. “Não há nenhuma bomba teológica”, diz Geza Vermes. Ou seja, não haverá revelações estrondosas.
Complô policial
A novela científico-policial da tradução começou em 1951, quando o governo da Jordânia — que controlava a margem ocidental do Rio Jordão, onde está Qumran, e a parte oriental de Jerusalém, ambas anexadas por Israel em 1967 — montou a primeira equipe de tradutores. Foram escolhidos sete eruditos, a maioria padres católicos, filólogos da Escola Bíblica e Arqueológica Francesa. Por motivos políticos, pesquisadores judeus foram excluídos. A equipe embarcou numa missão impossível. Os sete simplesmente dividiram 500 textos entre si. Houve excesso de autoconfiança e vaidade intelectual nessa empreitada que, afinal, prometia revirar o cristianismo.
Resultado: somente um tradutor, o inglês John Allegro, conseguiu publicar o que devia. Mas seu trabalho ficou tão ruim que o artigo com correções é mais longo que o original. De 1960 a 1990 — trinta longos anos —, a equipe publicou apenas 100 dos 500 textos encomendados. E impediu o acesso dos outros pesquisadores. As solicitações dos estudiosos “de fora” para examinar os pergaminhos foram recusadas. E quando membros da equipe faleceram, seus textos foram “legados” a colegas de confiança, como se fossem herança.
Três décadas de sigilo alimentaram teorias conspiratórias. Muitos acreditavam que o Vaticano, por meio da influência sobre os padres tradutores, estaria impedindo revelações dos pergaminhos que abalariam a religião cristã. “Inventou-se um complô — diz o padre Puech — digno de um romance policial.” Em 1977, o professor Geza Vermes, de Oxford, chegou a chamar a tradução oficial de “o maior escândalo acadêmico do século XX”.
Pressão pela transparência
Em 1985, a Biblical Archaeology Review, dos Estados Unidos, começou uma campanha pela “liberação dos manuscritos”. Mas a abertura foi gradual. Primeiro, o governo de Israel, que assumira o controle dos documentos desde a Guerra dos Seis Dias, em 1967, decidiu em 1991 criar uma nova comissão de editores-chefes, formada por Emanuel Tov, da Universidade Hebraica de Jerusalém, Eugene Ulrich e Emile Puech. Finalmente, em novembro do mesmo ano, a Biblioteca Huntington, da Califórnia, acabou com as especulações, tornando públicas fotocópias de todos os fragmentos. Com isso, a exclusividade sobre o material trancafiado em Jerusalém perdeu o sentido. Venceu a transparência.
O sensacionalismo também perdeu. O que os manuscritos afinal revelaram foi a diversidade de um judaísmo em transição, antes da catástrofe provocada pelos romanos. Depois do ano 70, as seitas desapareceram, com exceção dos cristãos e dos fariseus, os fundadores do judaísmo rabínico. A literatura de Qumran e a cristã derivam, portanto, de uma tradição judaica comum, da qual importaram rituais de batismo, refeições comunitárias, ascetismo e até modelos de organização: os essênios se dividiam em doze tribos, tal como a igreja cristã, estruturada em doze apóstolos. “Os manuscritos não mudaram minha visão de cristão”, diz Puech. “Revelaram o ambiente judeu, as crenças e práticas da época. Neles, os textos evangélicos encontram um fundo histórico, um país, um território.”

Adaptado de: Ricardo Am

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BÍBLIA
As Escrituras sagradas recebem o nome de Bíblia, em grego Bíblia é o plural de "Bíblón" que é livro. Por tanto significa : " Livros", "Os livros" ou " Coleção de livros"; assim como biblioteca.

O CÂNON
Cânon é uma palavra latina que significa "modelo". O termo latino é derivado do grego "kanon", de "cana", instrumento de medida usado nos tempos bíblicos no lugar de nosso "metro" hoje.

Cânon bíblico, é a lista de livros inspirados que formam a Bíblia, os quais dão testemunho autorizado da revelação de Deus, servindo como norma de procedimento cristão, e como critério ou régua, através dos quais se mede e julga correto e justo um pensamento ou doutrina. ( Gál. 6:16; II Tim. 3:16 ) Dicionário de Teologia Fundamental. Pág.122 e 123. Editora Vozes.

Os livros inspirados

Os livros inspirados, que formam o cânon original, são 39 da Escritura Hebraica e Aramaica do Velho testamento e os 27 do Novo testamento, incluindo livros e cartas, totalizando os 66 livros canônicos, que como verdades infalíveis e Eternas, possuem autoridade final, que podemos chamar de "a Verdade".

Adaptação de: Revista do Ancião. Pág. 30 e 31. out-dez, 2001. Editora Casa

Os livros apócrifos

As Bíblias que contém sete livros a mais, foram traduzidas da Bíblia grega, ou “septuaginta”; que por sua vez, vem da Bíblia hebraica (o VT), a que foram acrescentados no ano 250 aC, os livros de Tobias, Judite, I e II de Macabeus, Sebedoria, Eclesiástico e Baruc .

Resumo de “Bíblia, Perguntas que o povo faz”Pág.16 e 17. Edições Paulinas.

Porque não são aceitos como “canônicos” ou inspirados?

1. A escritura do Velho testamento, considerada como original é a Bíblia hebraica,... Sem nenhuma discussão. “Bíblia, Perguntas que o povo faz”. Pág. 16 Edições Paulinas.

2. Não foram escritos por profetas, pois era uma época de interrupção na sucessão profética; só os 39 livros eram considerados divinos ou inspirados, é o argumento do historiador judeu, Flávio Jusefo, que nasceu um pouco depois da morte de Cristo. “Resposta a Ápíon” Livro I, 8

3. Ele mesmo afirma que o cânon do Velho testamento, com 39 livros foi definido entre 465 e 425 ªC, e os 7 livros foram analisados e rejeitados, “Resposta àquelas perguntas”, Pág. 53. Editora Candéias.

4. Só foram considerados canônicos ou inspirados pela Igreja Católica no Concílio de Trento, em 1546, sendo chamados de “deuterocanônicos”, ou canônicos de segunda época. Dicionário de Teologia Fundamental. Pág. 124. Editora Vozes.

5. Os judeus “só aceitam como inspirados o cânon hebraico de 39 livros” e rejeitam os sete. Bíblia do Pontifício de Roma, Pág. 6

6. Jesus e seus apóstolos só citam os 39 livros do Velho testamento originais, e fizeram 1378 citações no Novo testamento.

7. A igreja primitiva os rejeitou, permitindo que fossem lidos, só como livros de história. Manual bíblico, Pág. 358

8. Os pais da Igreja Romana, como Anastácio, Gregório, Hilário, Rufino e Jerônimo adotaram só os 39 como canônicos. Bíblia do Pontifício de Roma, Pág. 69. Jerônimo traduziu a Bíblia para o latim entre 382 e 404 d.C. ,a Vulgata latina, foi defensor do cânon dos 39 livros hebraicos, e só traduziu o não inspirado Tobias a pedido dos Bispos. Dicionário de Teologia Fundamental, Pág. 124. Editora Vozes.

10. Eles ensinam erros doutrinários e erros históricos.

Alguns erros ensinados pelos sete livros apócrifos, que contradizem os canônicos ou inspirados:

1 - Narração de um anjo mentindo sobre a sua origem. > Tobias 5: 1 a 19 > Isaías 63:8 e Oséias 4:2
2 - Diz que se deve negar o pão aos ímpios. > Eclesiástico 12:4 a 6 > Provérbios 25: 21 a 22
3 - Uma mulher jejuando toda a sua vida. > Judith 8: 5 a 6 > Mateus 4:1 a 2
4 - Deus dá espada para Simeão matar siquemitas. > Judith 9:2 > Gênesis 34:30 e 49:5 a 7
5 - Dar esmola purifica do pecado. > Tobias 12:9 Eclesiástico 3:30 > I Pedro 1:18 a 19
6 - Queimar fígado de peixe expulsa demônios. > Tobias 6:6 a 8 > Atos 16:18
7 - Nabucodonosor foi rei da Assíria, em Nínive. > Judith 1:1 > Daniel 1:1
8 - Honrar o pai traz o perdão dos pecados. > Eclesiástico 3:3 > I Pedro 1:18 a 19
9 - Ensino de magia e supertição. > Tobias 2:9 e 10; 6:5 a 8 e 11:7 A 16 > Tiago 5:14 a 16
10 - Antíoco morre de três maneiras diferentes. > I Macabeus 6:16 e II Macabeus 1:16; 9:28 > Isaías 63:8 e Mateus 5:37
11 - Recomenda a oferta pelos mortos. > II Macabeus 12:42 a 45 > Eclesiastes 9:5 a 6
12 - Ensino do purgatório ou imortalidade da alma. > Sabedoria 3:14 > I João 1:7 e Hebreus 9:27
13 - O suicídio é justificado e louvado. > II Macabeus 14:41 a 46 > Êxodo 20:13

Os primeiros textos pertencem aos apócrifos, confira na sua Bíblia com os canônicos sempre no fim de cada exemplo.

Professor novocbic